segunda-feira, 13 de novembro de 2006

ALGUMAS DEFINIÇÕES DE POESIA...



ALGUMAS DEFINIÇÕES DE POESIA...


Matthew Arnold: “para a poesia a idéia é tudo; o resto é um mundo de ilusão, de ilusão divina”.

Mallarmé: “suprema forma de beleza”

Carlyle “É o pensamento musical”.

Dante Alighieri: “É a ficção retórica posta em música”.

Edgar Allan Poe: “Criação rítmica da beleza”.

Wordsworth: “Emoção recolhida tranqüilamente”.

Álvares de Azevedo: “O fim da poesia é o belo”.

Carlos Bousoño: “Poesia é comunicação efetuada por palavras apenas, de um conteúdo psíquico (afetivo-sensorial-conceitual), aceito pelo espírito como um todo, uma síntese”.

Augusto Magne: “Poesia é o gênero literário que tem por fim representar o belo por meio da palavra rítmica”.

Octavio Paz: “A poesia revela este mundo: cria outro. A poesia é uma leitura do mundo real e uma criação de um outro mundo, cuja descoberta ocorre na interação texto/leitor/ contexto”. A poesia também é coisa mas é muito pouca coisa: está feita de palavras, uma lufada de ar que não ocupa lugar no espaço. Ao contrário do quadro, o poema não mostra imagens, nem figuras: é um conjuro verbal que provoca no leitor, ou no ouvinte, um fornecedor de imagens mentais. A poesia se ouve com os ouvidos mas se vê com o entendimento. Suas imagens são criaturas anfíbias: são idéias e são formas, são sons e são silêncio. A poesia é fome de realidade.

Oswald de Andrade :”Aprendi com meu filho de dez anos/ Que a poesia é a descoberta/ Das coisas que nunca vi”.

Paulo Leminski: “Poesia não é literatura. É arte, mais para o lado da música e das artes plásticas”

Vicente Gerbasi : “A poesia se inicia quando se começa a ver o mundo”.

Luis Garcia Morales: “É a memória mágica do país. É nossa poesia e nosso patrimônio perdurável”.

A poesia – escreveu Roger Caillois – “est affaire de langage”. “Não se pode achá-la fora dos versos, assim como não se acha a pintura fora dos quadros nem a beleza fora das coisas belas”.

L.S. Harris: “poesia e poema não são a mesma coisa, embora o poema se faça de poesia, do mesmo modo que uma sinfonia se faz de música. A poesia é um tipo de linguagem, o mais poderoso, agradável e permanente tipo de linguagem. Um poema é uma coisa que não atinge propriamente sua finalidade senão quando se completa. Suas partes dependem uma das outras para o seu total efeito”.

José Barata-Moura: “A poesia enuncia um outro olhar sobre o real, na medida em que não se apresenta nem como o olhar quotidiano, nem como o olhar científico. Para o poeta o olhar poiético é atual porque está vivo e na órbita da vida tem o seu contexto, o seu itinenário, a sua destinação. Não é um olhar fixo, daqueles que à força de fitarem já nem memso chegam a ver o que está dado imediatamente. É um olhar que inventa, que projeta que rasga o invólucro do ser e manifesta possibilidades que ele encerra e invoca, possibilidades que precisam de nosso concurso para virem a ser. Na sua atualidade, o olhar poiético é um olhar comunicante e solidário que desperta e chama o interlocutor à grande aventura do viver.

Ferreira Gullar: “A arte é impasse e indagação. O impasse é fonte de criação. A morte da arte está na fórmula. O que define a falsa arte é a facilidade e o conformismo. Não sou viciado em poesia, não tomo entorpecentes.”

Maiacóvski: “É dever do poeta desenvolver em si mesmo o sentido do ritmo. E não decorar métricas alheias”.

Yves Bonnefoy: “A poesia é antes de tudo um modo de lutar contra a linguagem. A linguagem trinca a realidade, que é aquilo que substitui a representação mental. Pode-se fazer poesia por causa do sentido das palavras e entrar numa outra ordem de conceitos. A poesia não significa, ela mostra. (...) A poesia desperta questões de nossa existência”.

Novalis: “Poesia é a arte de excitar a alma”.

Thomas Stearns Eliot (T. S. Eliot): “Toda verdadeira poesia é uma visão de mundo”.

Samuel Taylor Coleridge: “Poesia são as melhores palavras em sua melhor ordem”.

Manoel de Barros: “Poesia é voar fora da asa”.

Goethe: “Poesia é verdade”.

José Jorge Letria: “A poesia, por ser a mais livre das liberdades, é por essência um contrapoder. A poesia é um pacto com a inquietação”.

Natália Correia: “Poesia é um caudal que jorra da tal língua materna universal, no qual entra a que vai sendo feita. Por isso, se ela tiver qualidade para tanto, é simultaneamente influenciada e influenciante”.

Paul Valéry: “A existência da poesia é essencialmente discutível. Daí retirar-se-ão tentações vizinhas ao orgulho. Sobre este ponto se assemelha mesmo a Deus. A atitude para com ela pode ser a de um surdo, e um cego para com Ele. As conseqüências são insensíveis. Mas o que todos tentam negar, e nós confirmamos a sua existência, converte-se no centro e no símbolo poderoso da nossa razão de ser”.

Borges: “Toda as literaturas começaram pela poesia. O homem começou cantando seus mitos, celebrando seus heróis, seus guerreiros, embora depois descobrisse outros temas. A poesia era uma paixão, agora, infelizmente está desterrada pela política e pela economia. Essa paixão perdida é uma forma de felicidade, talvez a melhor. É uma coisa tão íntima que não se pode definir porque é um fato complexo. É uma modesta magia verbal; escrever um poema é uma pequena operação mágica, com a imaginação e a inteligência do leitor e também do autor. É tão insegura a poesia, por isso não convém defini-la. A poesia não se escolhe e não é uma profissão. Poesia é a arte de causar emoções através do manejo das palavras. Um verso é uma coisa dita com certa cadência e não há leis para a poesia. É uma arte não menos misteriosa do que a música, talvez seja mais misteriosa.”

Mario da Silva Brito: ”A poesia e o amor são atividades noturnas. Praticá-las à luz do dia é sacrilégio e recomendam mal o poeta e o amante”.

Eudoro de Souza: “Só a poesia é linguagem em sua expressividade natural”.

Paul Zumthor: “A noção de ‘literatura’ é historicamente demarcada, de pertinência limitada no espaço e no tempo: ela se refere à civilização européia, entre os séculos XVII ou XVIII e hoje. Eu a distingo claramente da idéia de poesia, que é para mim a de uma arte da linguagem humana, independente de seus modos de concretização e fundamentada nas estruturas antropológicas mais profundas”.

Hênio Tavares: "Etimologicamente, poesia, do grego “poíesis” significa ato de fazer algo, implica a idéia de ação, de criação. A poesia é a linguagem de conteúdo lírico ou emotivo, escrita em verso (o que geralmente ocorre) ou em prosa".

Rodrigo Madeira: "a poesia é segurar dentro da água um peixe por cinco segundos".




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