Aedo (aédo): o aedo podia ser um poeta ou um declamador ambulante, e em muitas vezes um poeta-cantor na Grécia Antiga que, segundo Jaa Torrano, tinha “na palavra cantada o poder de ultrapassar e superar todos os bloqueios e distâncias espaciais e temporais, um poder que só lhe é conferido pela Memória (Mnemosyne) através das palavras cantadas (musas). Fecundada por Zeus Pai, que no panteão hesiódico encarna a Justiça e Sabedoria supremas, a Memória gera e dá à luz as Palavras Cantadas, que na língua de Hesíodo se diz Musas. O canto (as Musas) é nascido da Memória e do mais alto exercício do Poder (num sentido político inclusive). O aedo (Hesíodo) se põe ao lado e por vezes acima dos basileis (reis) nobres locais que detinham o poder de conservar e interpretar as fórmulas pré-jurídicas e não escritas e adminsitrar a justiça entre querelantes e que encarnavam a autoridade mais alta entre os homens”.
Vates (ou Vate): o possesso, inspirado por Deus, em trase, o que possuía um conhecimento extraordinário. A importância do aedo é o de assegurador da memória. O poeta foi fundamental para o avança da civilização ao reconhecer a memória como patrimônio. O maior vate de todos os tempos foi Virgílio e o último talvez tenha sido Rimbaud.
Bardo: poeta-cantor da tradição celta.
Hölderlin: “o que fica é fundado pelos poetas”.
Alfredo Bosi: “Poeta é o doador de sentido”.
Rimbaud: “O poeta é o verdadeiro ladrão de fogo”
Henry Miller: “A tarefa do poeta é sacudir os mortos vivos”.
Ada Maria Hemielewski: “Poeta é aquele que consegue desvendar o segredo das palavras. Conhece as possibilidades que a palavra oferece, brinca com o som, a forma gráfica e o significado da palavra. Jogando com o som e o ritmo das palavras (nível fônico) o poeta se aproxima da música. Explorando a forma gráfica o poema se aproxima das artes plásticas. O poeta inventa imagens sob um prisma inusitado. A matéria-prima do poeta é o sentimento, a emoção, e seu instrumento, a palavra, por isso, cada palavra pode significar mais de uma coisa ao mesmo tempo. O poema deve possuir sonoridade, versos curtos, distribuídos em estrofes. A linguagem deve se aproximar da coloquial. Parlendas, trava-línguas, adivinhações, quadrinhas populares, poemas musicados, poemas narrativos agradam às crianças. O professor deve escolher poemas de que ele mesmo goste porque é preciso gostar para despertar no outro o gosto pela poesia. Ouvir um poema, lê-lo das mais variadas formas são atividades enriquecedoras para as crianças”.
Jorge Luis Borges: “Para se escrever poemas tem-se que ser ingênuo e não muito inteligente. É sobretudo a emoção que importa. A prosa é mais difícil. Na poesia há uma certa inocência e se obedece a regras: o decassílabo, o alexandrino’.
Mallarmé: “O poeta deve dar um sentido mais puro às palavras da tribo”.
Ezra Pound: “Os poetas são as antenas da raça”.
Shelley: “São os ignorados legisladores da humanidade”.
Saint-John Perse: “são a má consciência do seu tempo.”
T. S. Eliot: “Poetas são aqueles que acusam os ocos, os homens de palha”.
Henry Miller: “A tarefa implicitamente imposta a si mesmo pelo artista (referindo-se ao poeta) é sacudir os mortos vivos”.
Octavio Paz: “ El poeta despierta las fuerzas secretas del idioma. El poeta encanta al lenguaje por medio del ritmo. Una imagen suscita a outra. Así, la función predominante del ritmo distingue al poema de todas las otras formas literárias. El poeta es ‘varón de deseos’. Para el poeta lo que pasó volverá a ser, volverá a encarnar”.
García Lorca: “Se é verdade que sou poeta pela graça de Deus ou do demônio, também o sou pela graça da técnica e do trabalho”.
Wordsworth: "É um homem que fala a homens".
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